quarta-feira, 12 de outubro de 2011

whenever you need me, you know you can call me, i'll be there shortly ♥


Oh, meu amor. Não sub-carregues o teu coração, ele está fraco demais. Assim cais da corda onde balanças à imenso tempo. Peço-te que pares de batalhar os problemas dos outros, assim torna-los teus. Também eu ando a cair para o lado, e talvez quando tombar na realidade doa mais do que tem doído. Quando hoje te vi a chorar, caí do precipício, deixei cair todas as armas, e limitei-me a segurar na tua cara, nem conseguindo limpar as tuas lágrimas. Diz-me porquê, porque não libertas todas as palavras apertadas? Como diria, deitar cá para fora. Admiro-te não só pelo que fazes, mas sim pelo que és. Tens a alma tão genuína, tão pura, tão limpa da escuridão. Mas às vezes mantém-la tão reservada, tão pressionada pelo redor que te sufoca. Não quero que te sintas só, pois eu estou sentada neste chão à tua espera, e deixo cair todas as lágrimas se me disseres que é preciso. Enches o meu coração de paz e melodia, sei que basta agarrar a tua mão para passear contigo, contar-te os meus medos mais fundos, sem forte vergonha. Eu sei que me ouves de coração, de alma inteira. E chegas os teus pequenos braços para mim como uma verdadeira e transparente irmã, como nestes anos tens sido. Saliento de todas as formas, agradeço de múltiplos gestos tudo o que neste presente fazes por mim. Tanto como no passado posso conjugar. A mim a tristeza já me esgota, e vou parar de me embrulhar na manta suja, com o rosto repleto de nostalgia. Assim eu quero libertar o meu espírito e puxar-te de novo para o meu lado, poder-te demonstrar nos meus olhos que podes confiar em mim antes de estourar tudo de uma vez só. A minha raiva começa a corroer todas as lembranças, toda a saudade que me restava para alimentar o sentimento. Soltei toda a fúria, e gostava de me ficar apenas pela indiferença. Mas não, aí chegou o remorso. A culpa desnecessária. E a culpa jamais foi minha, nem nunca será. Deveras vezes desatamos a mudar a verdade já definida. E na realidade, é que tu não mereces toda esta tensão. Alem de influenciar o teu espírito, influencia o teu corpo. Talvez percas a fome, a vontade de fazer as coisas que mais gostas, o empenho, a vontade de seguir. Não és fraca nenhuma. Nós somos as duas fortes o suficiente para saber que tudo o que na vida pensamos que é o fim, é apenas um capítulo de um desmedido e vasto livro. Somos duas crianças perdidas, estás a saber já de nova o que é a vida. E eu não quero te magoes tão cedo. Quero que unicamente te prepares para o futuro que nos reserva. Sei que estás prevenida para qualquer desafio. Sabes o que é ter dificuldades e sabes amar os outros. Mas falta amares-te a ti própria. És uma flor mas falta-te o perfume. Falta-te a confiança. Falta-te valorizar o teu talento, o teu coração, a tua imagem. Porque tu és maravilhosa. E quem te julga pelo exterior, não te merece. És demais para qualquer alguém. Sei que alcanças mais do que alguma vez já conseguiste. Mas uma realidade que ganhaste foi o meu amor de irmã, a minha mais genuína confiança e transparência. Contigo as coisas banais ganham a sua certa beleza e importância. Sabes dar cor ao preto, mas gostava de não te ver tão negativa, sabendo que sabes dar preto ao arco-íris. Isto tudo para dizer que és a pessoa mais espantosa que conheço. Não te o digo a todos os dias, nem digo a ninguém. Devias ganhar a própria consciência do que és. E não é pouco. Muitas das vezes exageras no acto de querer atingir a perfeição. Mas até o ser humano se tornar perfeito, teríamos de mudar o mundo inteiro. Quero-te com o teu maior sorriso. 


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