quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Não tenho nada a dizer, amo muito o meu Ricardo, só.
Lembras-te de todas as folhas brancas que deixámos? E os capítulos que fecharam, mal terminados? Eu lembro. E dói. Dói lembrar aqueles dias em que me acompanhavas, aqueles dias em que te agarrava bem forte, que me abraçavas à chuva. E quando me olhavas nos olhos, me acalmavas a alma e o coração. Me enchias-me de paz, de amor. Era tão verdadeiro, tão nosso. Dói lembrar tantas memórias. E as saudades corroem-me por dentro, por breves momentos. Ninguém entende, como éramos unidos, como éramos fortes. Como aguentávamos os mais fortes ventos, e mantínhamos a fogueira acesa. Via em ti a chave da minha felicidade, a melhor amizade que alguma vez já tive. Podia escrever no céu, ocupar todas as estrelas, chorar todo o oceano, mas nada chegava. Eu olho para ti, e não consigo ver nada. Eu olho para nós, e está tudo sujo. Está tudo espalhado no chão, caído e rasgado, tudo o que deixou de existir, tudo o que deixámos ir. Tudo o que era nosso. E agora? Cada nossa conversa é levada até à dor. Parecemos meros conhecidos. Lembro-me de uma vez me dizeres, que nunca me irias deixar de amar. Lembro-me de outra, em que te disse adeus. E agora apenas me lembro do presente, que me consome, me enterra, me destrói. Sei que um dia vou conquistar a indiferença, mas estou farta da dor a trás do sorriso. Entende, eras o meu porto de abrigo. E não sei como deixámos isto chegar a este ponto, não sei. Estou-me a apoiar ao que amo mais que tudo, ao que tu não respeitas. A ele. Desculpa se te deixei ir alguma vez. Mas tu desististe. 








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