sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Não sei bem o que senti ao ver-te ali, sem uma única palavra para comigo, como se eu nunca tivesse existido. Detestei representar que não estavas ali, á minha frente, diante de mim, tu mesmo, a pessoa que não via á tempos. A pessoa que durante esse tempo, roubou-me o coração. Não sei se senti raiva, desprezo e ignorância ou se senti amor, saudade e amizade. Se calhar foram todos esses sentimentos juntos rodando no meu coração que está uma montanha russa que já nem sabe o que sente ou quer. A minha vontade era ir ter contigo, cumprimentar-te, falar-te, ouvir-te, mas tive vergonha, tive medo, tive vontade de sair daquele labirinto em que me encontrava. Escolhi desviar o olhar de ti, fingir que não existias, mas de vez em quando, era tudo mais forte que eu e olhava para ti sem saber porque. Mal consigo ouvir o teu nome, dá-me angustia, dá-me ansiedade, dá-me lágrimas de restos de saudades que tenho e sempre tive de ti.  Já não é a mesma coisa, isso é o que sinto mas na realidade e no fundo de todos os fundos, ainda gosto de ti, ainda penso em ti, ainda penso naquele beijo, ainda quero mais. Ainda penso que és especial, mesmo sabendo que apenas me usaste com mãos sujas, mesmo sabendo que não vales a pena, mesmo sabendo que és a escolha errada. Ainda te procurei quando fostes embora da minha vista, ainda senti remorsos por não dizer nada, ainda me menti a mim própria para me acalmar dizendo que não me tinhas visto. Claro que vistes, mas eu não sou importante, todas aquelas palavras, aqueles momentos, foram só mais uns na tua vida, foi só um passatempo. Não consigo mentir mais a mim própria a dizer que consigo esquecer-te, não consigo dizer que nunca mais vou chorar por ti, não consigo respirar direito quando me falas; o meu coração fica a acelerado, aos pulos, ansioso ainda vendo uma luzinha ao fundo da escuridão para que tudo volte a ser como era. Nunca mais fui a mesma a partir do dia em que te conheci, nunca mais fui feliz, nunca mais tive aquele optimismo, aquela esperança, aquela coisa que era só minha. Agora só me vêem lágrimas aos olhos só de pensar que nunca mais vou sentir o bater do teu coração junto ao meu, que nunca mais vou olhar-te nos olhos, que nunca mais me vais tocar e eu sentir arrepios por todo o meu corpo, nunca mais vou ver-te sorrir, nunca mais vou ver os teus olhos brilhar perto de mim, vou ter saudades das nossas conversas, alias, tenho saudades das nossas conversas. Mas não tenho coragem para te o dizer tudo o que sinto por ti, não tenho coragem para te dizer o quanto gosto de ti, o quanto ainda te quero, já não existem lágrimas possíveis para chorar o vazio que me causas. Tu completavas-me, tu eras um sonho, uma perfeição aos meus olhos. Nunca pensei que fosses tão importante para mim, nunca pensei apaixonar-me assim. Foste tão especial... Estou a ficar tonta, quero escrever tudo o que sinto sem ti, mas ia demorar a minha vida inteira. Os meus olhos já brilham, a minha boca já suspira, o meu corpo já treme, o meu coração já não sabe completar este vazio, esta saudade, este amor, EU AMO-TE PORRA. Mas á sempre um 'mas' no meio de nós, no meio de mim quero dizer. Mas... tenho de te esquecer porra, quando é que a minha cabeça entende que desapareci de ti para sempre? Nunca vou conseguir, sinto-me tão forte por conseguir tirar-te da cabeça de vez em quando, mas sinto-me tão fraca por ter feito promessas a mim própria de nunca mais pensar nem chorar por ti e não as cumprir. Considero-me tão estúpida e tola por ainda continuar com estes desabafos, com estas fraquezas vindas repentinamente. São mais que fraquezas, são coisas em mim que falam mais alto, são os nervos á flor da pele, os nervos que tu me pões. Tu, és sempre tu, só tu... Quem me dera que um dia sentisses a minha falta DE VERDADE e sentisses o que eu sinto, neste momento é o meu sonho, desejo-te mais que tudo, eras mais que um presente para mim, eras a minha alegria, o meu sorriso, a minha boa disposição, a minha força, a minha vontade. Outra coisa que quero muito é dizer-te tudo isto, mas tenho medo de ouvir um não, tenho medo das tuas respostas secas, tenho medo que penses que me apaixonei por ti por tudo e por nada. Mas não é verdade... é difícil alguém me por como tu me puseste, é difícil alguém tão simples, que não faz absolutamente nada para me encantar, me pôs louca. Não me apaixono facilmente, sou uma rapariga difícil, sou sensível, mas acima de tudo, não sou otária. E sei que não és um anjo, sei que a culpa foi tua, que cagas-te para mim. E aqui vai o meu 'mas': mas eu continuo a amar-te sem limites nem barreiras, com dores, com lágrimas, com feridas, eu amo-te mesmo assim, por isso sou muito parva, eu sei. Sabes como eu reagi quando pensei que já estavas com outra? Sabes? Com um estalar de dedos, fiquei estupefacta, com um nó na garganta, com dores de cabeça, senti todas as dores possíveis e imaginárias. Eu já estava á espera disto desde sempre mas saber que vai acontecer é uma coisa e acontecer mesmo, é outra. E de facto, acontecer foi pior do que alguma vez imaginar. Senti-me tão sozinha, senti-me a única rapariga á face da terra, senti-me tão pequena, tão afastada, tão fria. Deitei-me na cama, não consegui dormir, os nervos eram tantos, as saudades acentuaram tanto no peito, a raiva era tão escassa, a vontade de te abraçar era mais forte para conseguir lutar contra isso. A reduzida vontade de te esquecer foi aumentando até que o meu amor por ti foi passando para a linha do lado: o ódio. Mas agora... quando te vi á dias a traz, fiquei com o coração nas mãos, senti perigo, senti medo de te perder... mas eu já te tinha perdido, porque agora isto? Porque agora este texto a dizer tudo o que senti e sinto ainda por ti? Perguntem, mas não vos vou dar resposta. O coração têm coisas que ás vezes nem nós próprias entendemos. Hoje, ouvi o teu nome, eu disse o teu nome e  a partir desse momento olhei pela janela e libertei um grande e profundo suspiro. Senti-me traída por mim mesma, fiz promessas a mim própria, e agora? Quebrei-as só por causa da miragem do teu ser, uma miragem real. Estranho, não é? E uma coisa ainda mais estranha que isto tudo, é que ainda tenho vontade de lutar por ti. Só queria uma borracha, ou até mesmo um corrector, para apagar-te e não sobrarem restos de ti no livro da minha vida, como diz uma pessoa que eu cá sei e que me ajudou imenso, és apenas um capitulo da minha vida. Mas um capitulo que ainda não se fechou e que vai demorar o tempo que for preciso, a fechar. Um dia vou dizer que te esqueci e que não significas nada, sem representar. E resumidamente este texto quer dizer uma só e simples palavra: eu amo-te. (Isto não significada nada do que sofri durante todo este tempo, este texto é uma amostra que parece ser grande, mas que na verdade, não é nada que se compare ao que tento dizer.)

1 comentário:

  1. Ainda bem que amas-te o meu post, pus lá muito amor e foi especialmente dedicado a ti.
    Sabes que nunca estarás só, não sabes?
    AMO-TE mais do que alguém alguma vez poderá imaginar...(LLLLL)

    ResponderEliminar